Antes mesmo dos fliperamas dominarem os anos 80, existia um jogo simples, curioso e quase desconhecido pelo grande público: Tennis for Two. Criado em 1958 pelo físico William Higinbotham, esse experimento científico pode ser considerado o verdadeiro ponto de partida da história dos videogames.
Uma diversão criada em um laboratório nuclear
William trabalhava no Laboratório Nacional de Brookhaven, nos Estados Unidos. Para atrair a atenção dos visitantes durante uma feira de ciência, ele teve uma ideia ousada: transformar um osciloscópio — equipamento usado para medir sinais elétricos — em uma tela de jogo.
Nascia então Tennis for Two: uma partida de tênis de mesa virtual, onde dois jogadores controlavam a bola com um botão e um controle rotativo. Tudo isso rodando em um computador analógico, o Donner Model 30.
Nada de gráficos, só pura genialidade
O jogo não tinha pontuação, som ou gráficos elaborados. Era só uma bolinha (um ponto de luz) quicando de um lado para o outro. Mas para a época, aquilo era revolucionário. Foi um dos primeiros exemplos de interação homem-máquina com propósito de entretenimento.
Mesmo não tendo sido comercializado, Tennis for Two abriu caminho para jogos como Pong, Spacewar! e tantos outros que moldaram o que conhecemos hoje como videogame.

Por que ele é tão importante?
Porque ele quebra a ideia de que tudo começou nos fliperamas. A história dos games nasce em laboratórios, com físicos e engenheiros querendo inovar e, muitas vezes, divertir. Higinbotham jamais imaginou que seu experimento seria lembrado décadas depois como o “vovô dos videogames”.
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